domingo, 31 de janeiro de 2010

insomnia

Uma imensidão: o papel na frente dos meus olhos e as mãos que tremem para escrever.
Não.
O laptop esparramado no colo e os dedos frenéticos apertando teclas em M, G, D, S, quais mesmo?
Ainda não. A tinta no pincel, correndo pelo papel, pela tela, pelo chão, escorrendo em uma cor, única, furtiva, marcando como fogo, corroendo o branco dos cantos que encontra com sua existência cheia de unicidade: a cor.
Também não: é a caneta, azul-popular riscando na pele morena-amarelada de tanto encarar parede atrás de parede, o desejo, a espera, a vontade além-mar, a vida que mal começou até agora, o medo, a fuga do medo de não encontrar nada, ninguém, de chegar no fim do caminho, o que me importa é a jornada, o fim é conseqüência que não quero assumir.

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